São José do Belmonte, localizado no sertão de Pernambuco, possui uma história rica e marcada por eventos significativos. A origem do município remonta à Fazenda Maniçoba, propriedade de José Pires Ribeiro. Em 1836, diante de uma epidemia de cólera que assolava a região, Pires Ribeiro construiu uma capela dedicada a São José, como forma de promessa para proteger a comunidade. Esse ato deu início à formação do povoado de Belmonte, nome inspirado na vila portuguesa onde nasceu Pedro Álvares Cabral.
Um dos episódios mais marcantes da história local ocorreu entre 1836 e 1838, quando um movimento messiânico, influenciado pelo sebastianismo português, estabeleceu-se na região da Pedra do Reino. Liderados inicialmente por João Antônio e posteriormente por seu cunhado, João Ferreira, os seguidores acreditavam que o rei Dom Sebastião retornaria se a área fosse purificada com sangue. Essa crença culminou em um trágico massacre em 1838, resultando na morte de mais de 80 pessoas.
Administrativamente, São José do Belmonte tornou-se distrito em 24 de abril de 1873 e foi elevado à categoria de vila em 26 de junho de 1893, desmembrando-se do município de Vila Bela, atualmente conhecido como Serra Talhada. Em 31 de dezembro de 1943, o nome foi alterado para Maniçoba, retornando à denominação São José do Belmonte em 7 de dezembro de 1953.
Atualmente, o município é composto pelos distritos sede, Bom Nome e Carmo, além dos povoados de Jatobá e Serrote. A cidade é reconhecida por eventos culturais, como a Cavalgada à Pedra do Reino, realizada anualmente em maio, celebrando a rica herança histórica e cultural da região.
A Pedra do Reino, também conhecida como Pedra Bonita, é uma formação rochosa composta por duas torres de aproximadamente 30 a 33 metros de altura, localizada na Serra do Catolé. Este local não apenas testemunhou eventos históricos significativos, mas também inspirou diversas manifestações culturais, incluindo obras literárias e celebrações populares que perpetuam a memória e a identidade de São José do Belmonte.